quarta-feira, 30 de novembro de 2011

sobre o eu e o outro #2

Ele incomodava-se tanto. Não queria perder tempo com as teorias antrolopógicas, sociológicas ou psicológicas. Sentado no sofá verde da sua sala pousava o copo de vinho enquanto explicava que essas pequenas áreas de estudo nunca seriam credíveis enquanto ciência pelo simples motivo que banalizavam a individualidade do ser humano. E que, o ser humano, nunca poderia ser generalizado em categorias.
- Somos únicos, únicos! -  dizia.
Aquilo que ouvi do avelino foi outra coisa, para se ser incluído na espécie seria necessário que todos os indivíduos fossem tão únicos como ele, e que os outros nunca poderíam partilhar as características que eram exclusivamente suas. Nunca se reduziria à categoria de humano.
- Sou único, único!



* image by Caravaggio