sexta-feira, 1 de abril de 2011


Sam Beam “o dono de uma das mais respeitáveis barbas da actualidade” *





Devo confessar o desleixo com Iron and Wine.
Longe passaram os anos em que me encantei pela primeira vez com The creek drank the cradle e Our endless numbered days. Os albuns na prateleira ganharam pó e esquecimento. Chego então adormecida ao novo fenómeno Kiss each other clean que “subiu ao número dois da tabela de vendas dos EUA, feito por norma apenas acessível a artistas de hip-hop ou crooners de baladas xaroposas e inacessível a bandas de barbudos pouco sensuais que fazem música folk” *. É uma evolução.  E, apesar de não ter dedicado nem um decibel a este novo disco, fico satisfeita. Ao ler, pelo artigo de João Bonifácio, uma marcada “viragem: o tom é pop, há mais soluções, mais órgãos, baixos que balançam, xilofones em luta com guitarras eléctricas, wurlitzers a contrabalançar a douçura da voz de Beam” * irei a medo e curiosidade. É que reconhecer em Iron and Wine um toque de pop empurra-me o nariz para o lado direito (preconceituoso) de desconfiança e desagrado. A ouvir.

*itálicos por João Bonifácio “Estrela improvável” em ípsilon (1 d Abril de 2011)
Música "Naked as we came" de Our endless numbered days

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